A fibrose pulmonar é uma doença grave que não possui cura. Ela pode ser multifatorial e é caracterizada pelo aparecimento de cicatrizes no tecido do pulmão.
Devido à falta de informação, ainda circulam muitos mitos a respeito da doença. Por isso, neste texto, iremos explicar como a fibrose se desenvolve e abordaremos 3 importantes mitos e verdades sobre o tema. Continue a leitura.
Como a doença se desenvolve?
Na fibrose pulmonar, as marcas e cicatrizes no tecido do pulmão tendem a aparecer após episódios de inflamação severa nos alvéolos. Podem existir gatilhos conhecidos para esta inflamação, como o tabagismo, o uso de medicações com toxicidade pulmonar, doenças reumatológicas, exposição a poeiras minerais e substâncias orgânicas no ambiente; dentre outros. São as doenças intersticiais pulmonares (DIP). Quando a causa não é identificada, a doença é chamada de Fibrose Pulmonar Idiopática.
Os tecidos ficam espessos e rígidos. Como consequência, dificultam a passagem do oxigênio para a corrente sanguínea e limitam a respiração. No início, a doença pode ser assintomática e, em seguida, os sintomas mais comuns são falta de ar, cansaço e tosse seca.
A seguir, 3 mitos e verdades sobre a doença.
#1 A fibrose pulmonar não possui tratamento
Isso é MITO! A doença não possui cura, pois os danos provocados no pulmão não podem ser reparados. Porém, é possível controlar os sintomas da doença com o tratamento adequado.
O médico especialista em pneumologia deve solicitar exames para analisar o sangue e medir a capacidade funcional dos pulmões. Entre as medidas necessárias, podem estar o uso de medicamentos, a fisioterapia respiratória e uso de oxigênio em casa. Em casos muito graves, pode ser indicado o transplante de pulmão.
A doença não tratada pode levar à morte.
#2 Infecção pelo coronavírus pode causar fibrose pulmonar
Depende! Em pacientes de coronavírus com sintomas mais leves não é provável que ocorra a doença. Contudo, de acordo com estudos, pacientes com Covid-19, em especial aqueles que ficam internados por longos períodos na UTI, podem sim vir a desenvolver a fibrose como uma consequência da doença.
Isso acontece porque, após a eliminação do vírus, a inflamação pode persistir por semanas, comprometendo o funcionamento do órgão e deixando alterações radiológicas Após a recuperação da Covid-19, a fibrose pulmonar tende a não progredir ao longo do tempo.
Neste link aqui, você pode conferir nosso texto sobre as principais sequelas da Covid-19 para o sistema respiratório.
# 3 A fibrose pulmonar idiopática pode ser genética
Verdade! As causas exatas da fibrose pulmonar ainda não são conhecidas, mas estima-se que cerca de 5 a 10% dos casos de FPI possuem herança genética. Por isso, é importante saber se na sua família existem registros da doença.
Para realizar o diagnóstico da doença, é fundamental conhecer a história clínica do paciente e, em seguida, solicitar exames como, tomografia, espirometria e, em alguns casos, a biópsia pulmonar.
A importância do diagnóstico
Por ter sintomas muito parecidos com outras doenças, é comum que a fibrose pulmonar demore a ser identificada e só seja diagnosticada quando já está em fases mais avançadas.
É essencial que os pacientes estejam atentos à sua saúde e façam check-ups pulmonares regularmente. Especialmente, as pessoas com mais de 60 anos que são ou que já foram fumantes.
Uma equipe multidisciplinar qualificada, como a da Somed, pode proporcionar mais qualidade de vida e bem-estar ao paciente com fibrose pulmonar. Entre em contato e conheça nossos serviços.