Você já notou mudanças na sua respiração ao longo do ano? As estações impactam diretamente a qualidade do ar e, por consequência, nossa saúde pulmonar. De alérgenos a mudanças bruscas de temperatura, cada época do ano apresenta desafios diferentes para quem já tem problemas respiratórios ou deseja manter os pulmões saudáveis.
Nesse artigo, vamos explicar como o clima influencia a respiração e como prevenir as afecções do sistema respiratório nas diversas estações do ano.
Primavera: pólen e oscilações de temperatura
Para muitas pessoas, especialmente aquelas que sofrem de rinite alérgica ou asma, essa estação é sinônimo de crises alérgicas. O pólen, uma substância natural presente em plantas e flores, é um dos principais gatilhos de alergias sazonais, que podem provocar espirros, coceira no nariz, olhos irritados e até mesmo dificuldades respiratórias.
Além disso, as frequentes oscilações de temperatura durante a primavera afetam a mucosa das vias respiratórias, tornando o sistema mais vulnerável a infecções e inflamações.
Prevenção:
- Manter janelas fechadas em dias com alta concentração de pólen.
- Utilizar purificadores de ar dentro de casa para reduzir alérgenos.
- Hidratar-se adequadamente, pois a oscilação de temperatura pode ressecar as mucosas.
Verão: calor, umidade e poluentes
As temperaturas elevadas e a alta umidade criam condições que podem dificultar a respiração, especialmente em pessoas com asma ou bronquite. A umidade excessiva favorece a proliferação de fungos e ácaros, dois alérgenos importantes que podem desencadear crises alérgicas e asma. Além disso, o aumento da poluição atmosférica devido ao maior uso de veículos e a ocorrência de queimadas contribui para o agravamento de problemas respiratórios.
Prevenção:
- Evitar atividades físicas ao ar livre nos momentos de maior poluição e calor.
- Usar máscaras em ambientes com alta concentração de poluentes.
- Hidratação constante para evitar o ressecamento das vias aéreas.
Outono: transições e alergias
Uma estação de transição, o outono pode impactar o sistema respiratório. A queda de temperatura e a maior umidade do ar durante essa estação favorecem o crescimento de mofo e bolores em ambientes fechados, dois fatores que podem desencadear crises alérgicas e prejudicar a respiração.
Além disso, o outono marca o início da circulação de vírus respiratórios, como o rinovírus (resfriado comum) e o vírus da gripe, espalhados com maior facilidade em ambientes fechados.
Prevenção:
- Limpeza regular de filtros de ar e ambientes internos para evitar a proliferação de mofo.
- Vacinação contra a gripe, especialmente para grupos de risco, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
- Uso de roupas adequadas para se proteger da amplitude térmica.
Inverno: frio e ar seco
Caracterizado pelas temperaturas baixas e um ar mais seco, o inverno reúne condições que podem irritar as vias aéreas e desencadear crises respiratórias em pessoas com condições pré-existentes, como asma e bronquite. O ar seco resseca a mucosa do trato respiratório, tornando-a mais suscetível a infecções e inflamações. Além disso, as infecções respiratórias, como gripes e resfriados, são mais comuns durante o inverno, já que os vírus se propagam com maior facilidade em ambientes fechados e frios.
O uso de aquecedores tende a ressecar ainda mais o ar, agravando o desconforto respiratório.
Prevenção:
- Manter os ambientes umidificados, utilizando umidificadores ou recipientes com água no ambiente.
- Evitar exposição prolongada ao frio, especialmente nas primeiras horas da manhã e à noite.
- Manter uma boa higiene das mãos para evitar a propagação de vírus respiratórios.
O diagnóstico vem antes do tratamento
Entender os gatilhos que desencadeiam as crises alérgicas é fundamental para determinar um tratamento efetivo. Existem alguns exames altamente tecnológicos para investigação de alergias:
Nasofibroscopia
A nasofibroscopia é um exame endoscópico das cavidades nasais e rinofaringe, que permite visualizar a mucosa nasal, septo, cornetos e adenoides. O exame detecta condições como desvios de septo, hipertrofia de cornetos, pólipos e tumores. É realizado em consultório médico, com anestesia tópica nasal.
Teste cutâneo alérgico
O Teste cutâneo alérgico é um tipo de exame que avalia a presença de alergias a alguns alérgenos (substâncias capazes de causar alergias). O teste é indolor e faz a avaliação das alergias respiratórias, como os principais alérgenos causadores destas doenças – poeiras, ácaros, fungos do ar, pólens, lã, epitélios de cão, gato e penas.
Teste de broncoprovocação
O teste de broncoprovocação detecta uma alteração chamada “hiperresponsividade brônquica”, uma das características da asma, porém não é específica desta doença. Pode ocorrer em outras situações, como em estados infecciosos e após exposição ambiental a determinados alérgenos (agentes capazes de produzir alergias).
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